domingo, 11 de setembro de 2011

O que passou, passou!

Pena que a gente não esquece.
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De repente o que era doce virou amargo. O que era quente ficou frio. E o que era tudo virou um nada. Pena que quase sempre você não consegue perceber que aquele capítulo chegou ao fim.
Às vezes o coração está lento, pesado. São tantas interrogações que a bagunça fica insuportável. Não há como saber. E você chora. Acorda com a cara inchada por não querer que acabe. Você não percebe que cada fase da vida tem suas particularidades. O agora parece nunca suficiente.
Aquela noite.
Aquelas ruas. Aqueles amigos. Aquele bar.

Você implora por aquilo que já passou e não percebe que, enquanto está chorando de saudade, você está deixando de lado o que tem hoje. Você não dá importância àquele novo amigo que poderia te render muitas outras gargalhadas. Você não dá atenção àquela peça de teatro que poderia refletir num momento adiante e fazer-lhe chorar de felicidade. E o pior de tudo é que o tempo não espera. A vida não pede para que você se recomponha e a acompanhe.

Está ocupado demais pensando no passado? È um 'agora' que você está desperdiçando. E, mais na frente, provavelmente sentado numa cadeira de um escritório estreito você pedirá para voltar atrás. Tudo isso porque numa manhã de domingo, os seus amigos estarão relembrando a noite de formatura de um deles, mas que você não estava lá e então não tem nada a dizer. Afinal de contas, você estava sentado em frente ao computador assistindo pela quinta vez em dois dias um vídeo de um passado que não volta mais. Um passado feliz, eu entendo.

Eu também me entrego fácil ao passado e pareço viver num mundo, numa época que não é minha. Sou como você. Então eu te pergunto para que eu possa me perguntar.

-Será que vale mesmo a pena esquecer a vida agora para manter-se naquilo que já nem existe mais?!
Relembrar sim. Dar gargalhadas pelo o que já passou, também sim! Mas deixar de viver o 'hoje' para fingir viver uma fase da vida que já passou? Não pode ser saudável. Pena não ser tão fácil assim.
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